O Projeto Alegria e
Esperança surgiu a partir de um fato muito comum na sociedade brasileira. Havia
um grupo de crianças que regularmente visitava a residência da Sra. Marlene
Fuerstenau pedindo por alimentos, dinheiro e outras coisas mais. Estas visitas
se tornaram tão comuns que, certo dia, esta senhora ofereceu às crianças a
oportunidade de escrever, cantar e ouvir histórias em sua casa. A surpresa foi
grande ao constatar que muitas não sabiam ler e escrever. Assim, a partir dessa
experiência, em agosto de 1992, estas crianças foram convidadas a se reunirem
regularmente em uma comunidade da Igreja Evangélica de Confissão Luterana em Santa Cruz do Sul.
Aos poucos mais
pessoas foram se envolvendo e nasceu o Projeto Alegria e Esperança que
disponibiliza hoje em torne de 100 vagas para crianças, adolescentes, além de
suas mães e mulheres empobrecidas. Hoje os encontros acontecem
no Centro Comunitário da Comunidade Evangélica Centro, em Santa Cruz do Sul.
O projeto atende, especialmente, a população do
Bairro Bom Jesus que é considerado um dos bairros mais empobrecidos de Santa
Cruz do Sul. Constatamos ali um grande índice de violência. Ouvimos histórias
comoventes sobre a convivência familiar e comunitária que ocorre ali. Diante
dessa realidade, o Projeto Alegria e Esperança foi bem acolhido, porque oferece
um espaço de convívio fraterno e a oportunidade por um futuro melhor para as
crianças, adolescentes e mulheres que são as grandes vítimas dessa realidade. Não
visamos o mero assistencialismo, mas sim uma melhor educação, o incentivo a
profissionalização e a responsabilidade de cada integrante do projeto por uma
sociedade melhor e o acompanhamento psicológico às vítimas de maus tratos, da
violência doméstica...